No dia 14 de dezembro/2011, através de uma carta oficial às autoridades de Ho Chi Minh City, o escritório provincial dos Missionários Redentoristas, na capital Saigon, recusou uma visita de cortesia, por ocasião do Natal e do Ano Novo, de uma delegação do Gabinete de Assuntos Religiosos do governo vietnamita. A carta explica também as razões da decisão.
Desde os primórdios da República Democrática do Vietnã, em 1954, cada ano, poucos dias antes do Natal, delegações de vários órgãos governamentais transmitem seus bons votos para as principais instituições religiosas da região. A visita de cortesia foi comunicada aos Redentoristas pelas autoridades, em uma carta. A visita seria liderada pelo vice-diretor para os Assuntos Religiosos de Saigon.
No dia antes da visita, terça-feira, 13 de dezembro/11, o secretário provincial da Congregação dos Redentoristas enviou ao Gabinete de Assuntos Religiosos uma nova carta, anunciando que os responsáveis dos Redentoristas recusavam receber a delegação oficial, explicando: "Durante o ano passado, nós enviamos muitas cartas ao Gabinete de Assuntos Religiosos e das Minorias Étnicas da cidade, relativas à proibição de deixar o país, para uma viagem ao exterior, notificada ao nosso superior provincial, P. Pham Trung Than, e ao secretário da congregação, P. Dinh Huu Thoai, e também as construções iniciadas sem autorizações nas propriedades religiosas pertencentes à Congregação dos Redentoristas (...) Até agora, não recebemos nenhuma resposta do seu gabinete, que não fez o que era seu dever mínimo. Acreditamos, portanto, que a visita e a apresentação de felicitações, por ocasião do Natal e Ano Novo, não fariam outra coisa do que tornar menos alegre a celebração das festas".
Os três eventos mencionados na carta dos Redentoristas são bem conhecidos. No 10 de julho/2011, os agentes da Segurança Pública da cidade de Ho Chi Minh City impediram o P. Vicente Pham Trung Thanh de embarcar no avião para Cingapura e a mesma proibição foi notificada ao secretário dos Redentoristas. Os outros dois casos referem-se às propriedades da congregação em Saigon, confiscadas pelo Estado após a mudança de regime em 1975, nas quais as autoridades começaram certos trabalhos sem consulta prévia com os líderes religiosos.
Pe. Geraldo Rodrigues
Aparecida das Águas, 290