Domingo teremos a beatificação de Irmã Dulce

18/05/2011 23:53

  

Domingo teremos a beatificação de Irmã Dulce - No domingo, dia 22 de maio/11, a cidade de Salvador vai viver um momento especial: a beatificação de Irmã Dulce no Parque de  xposições (com capacidade para 60 mil pessoas). Dom Geraldo Majella Agnelo, bispo emérito da Arquidiocese de São Salvador, será o representante de Bento XVI nas celebrações da bem-aventurada Dulce dos pobres.

Sobre os motivos da beatificação, o prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, dom Ângelo Amato ressaltou que "Irmã Dulce é conhecida no Brasil pela imensurável caridade com os pobres e necessitados. É a Madre Teresa do Brasil. Consagrou-se ao Senhor e passou a se dedicar ao apostolado social nos bairros pobres de Salvador. Foi uma verdadeira mãe dos sofredores”. Aos 22 anos, a nova Beata fundou o primeiro movimento cristão operário de Salvador da Bahia, a União Operária São Francisco e o Círculo Operário da Bahia, cuja finalidade era difundir as cooperativas, a promoção cultural e social dos operários e a defesa dos seus direitos. Quando da sua morte, o Cardeal da Bahia, Dom Geraldo Majella Agnelo, disse que “com a morte de Irmã Dulce a cidade estava mais pobre e provava uma espécie de abandono, porque era a melhor, a mais santa e a mais representativa de todos nós".

 

A sucessora de Irmã Dulce

Irmã Dulce, que sabia impor suas vontades, indicou sua sucessora: a sobrinha Maria Rita Pontes, hoje com 53 anos. Ela é a atual superintendente da “Osid”. Abandonou a carreira de jornalista em 1991, deixou o emprego de jornalista no Rio de Janeiro e se transferiu para Salvador da Bahia. Assim, as obras sociais não pararam de crescer. De 180 mil atendimentos  em 1992, ano em que a Beata Irmã Dulce morreu, a “Osid” passou para mais de 5 milhões em 2009. Os voluntários eram 21; hoje são 240, que se somam aos 3.850 funcionários das 17 unidades administradas pela instituição.

Antes de falecer, Irmã Dulce guardara num cofre uma carta testamento informal, contendo uma lista tríplice com nomes que poderiam lhe suceder no trabalho. A sobrinha encabeçava a lista. A sobrinha, que também se chama Maria Ria, frisou que “foi uma decisão difícil, mas não tive escolha. Eu já estava muito envolvida com a obra e não podia deixar Irmã Dulce”. Passado este tempo de sua decisão, ela diz que não se arrepende. Sente-se realizada, embora quase não tenha vida pessoal.

 

A grande obra

Além de contratos com o Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do qual a Osid administra hospitais e clínicas que respondem por 49% da assistência de saúde da capital baiana, há metas a concretizar. A parte que o SUS não cobre, é obtida por doações de pessoas físicas e jurídicas e da venda de lembrancinhas e produtos de uma panificadora.“Irmã Dulce saía tirando pessoas das ruas e abrigando-as por todos os cantos, às vezes até no necrotério. Ela dizia que era melhor ficar ali, recebendo ajuda, que morrendo nas ruas”, testemunha Maria Rita. Nos tempos de hoje, a organização continua no espírito de Irmã Dulce. “Não fecha a porta a quem quer que seja. Nossa missão é amar e servir!”, completa Maria Rita.

N.R. - Em nosso próximo ‘Vivências’ voltaremos a falar da Beata ‘Dulce dos pobres”, fundadora das ‘Obras Sociais Irmã Dulce’ (Osid), que tem sua sede de 33.000 metros quadrados de área construída em Salvador da Bahia.

Pe. Geraldo Rodrigues

Boletim “vivências” 324