I Assembléia da COnferência AL e do Caribe Redentorista de Aparecida: dia 07

16/03/2011 21:37

 

Dia 07 de março de 2011

 

Às 9h da segunda-feira, 7 de março de 2011 na Basílica Nossa Senhora Aparecida, celebramos a Eucaristia de abertura da Assembléia da Conferência da América Latina e Caribe, presidida pelo Reverendíssimo Padre Henrique Lopes, Vigário Geral, concelebrada por Exmo. Reverendíssimo Padre Michael Brelh, Superior Geral da Congregação do Santíssimo Redentor e os Superiores Maiores das unidades da América Latina e do Caribe, membros da comissão coordenadora e confrades da sub-conferência do Brasil.

 

Às 10h30m se realiza a primeira reunião no auditório do centro redentorista de Espiritualidade no Seminário Santo Afonso, Aparecida, São Paulo, com a presença de todos os participantes: Pe. Michael Brehl, Superior Geral, Pe. Enrique Lopes, Vigário Geral; Pe. Joaquim Parron (Prov. Campo Grande); Pe. Luiz Rodrigues (Prov. De São Paulo); Pe. Vicente de Paula Ferreira (Prov. do Rio de Janeiro); Pe. Fábio Bento da Costa (Prov. de Goiás); Pe. Zenildo Luiz Pereira da Silva (Vice-prov. de Manaus); Pe. João Batista Alves do Nascimento (Vice-prov. da Bahia); Pe. Eridian Gonçalves de Lima (Vice-prov. de Fortaleza); Pe. Antonio Ranis Rosendo dos Santos (Vice-prov. de Recife); Pe. Danilo Bulegon (Prov. Porto Alegre); Pe. Marcelo Araújo (Vogal de São Paulo); Ir. João Batista de Viveiros (Vogal dos irmãos); Enrique Kaczoha (Vice-prov. de Resistência); Pe. Manuel Cruz Meza (Vice-prov. de San Salvador); Pe. Juan Ciro Villafuerte (Vice-prov. do Peru Sul); Pe. Ramón Correa (Prov. de Buenos Aires); Pe. Jorge Gomes Rueda (Prov. Bogotá); Pe. Grimaldo Garay Zapata (Vice-prov. do Peru Norte); Pe. Gonzalo Rascón Rivera (Prov. do México); Pe. Stanislaw Piekielniak (Prov. da Bolívia); Pe. Alirio Suárez Velazco (Vice-prov. de Caracas); Pe. Manuel Rodrigues (Prov. de San Juan); Pe. Sixto Benigno Guerrero (Prov. de quito); Pe. Vicente Soria (Prov. de Assunción); Pe. Luis Mauricio Pizarro (Prov. de Santiago do Chile); Pe. Luis Carlos Jaime (Vogal da província de Bogotá).

 

Pe. Marcelo Pomar, moderador, passa a palavra ao Pe. Luiz Rodrigues, provincial da Província de São Paulo, que acolhe a todos os participantes vindos do Brasil e de toda a  América Latina e Caribe e nos convida a nos sentirmos em casa. Logo após, acontece a apresentação dos participantes e a invocação do Espírito para que ajude no discernimento e nas decisões que precisam ser tomadas.

 

A seção continua com as palavras do Pe. Geral, Michael Brehl, Superior Geral (Cf. Documento anexo n. 01). Resumidamente, ele realçou o seguinte: a primeira assembléia da América Latina e Caribe é um momento histórico. Trata-se de um privilégio estar com Henrique Lopes em Aparecida. Sente-se agradecido à comunidade que os acolhe. Desde que chegou, descobriu que acolher é também evangelizar. Acolher é um modo de vida no Brasil. Agradece à comissão de planejamento, aos moderadores e os que trabalharam na realização desta assembléia. Há um número grande com direito a voto e os outros poderão somar na reflexões. É a conferência mais participada em número de províncias e vice-províncias da Congregação. Nessa assembléia há uma realidade única: grande número de superiores novos, que não eram delegados no Capítulo Geral. Esta é uma razão se gastará tempo nas reflexões. O número grande de novos superiores é uma graça para a Conferência. As decisões serão para toda a congregação nos próximos seis anos. O número grande faz pensar no futuro. Dá boas vindas ao representa do Suriname, do Uruguai e o de Cuba, que não conseguiu entrar no Brasil. Dá boas-vindas aos superiores e delegados, irmãos, moderadores. O início não é um começo do zero. O trabalho acontece a partir de fundações já estabelecidas. Estas fundações foram de ajuda para o reestruturação. Há uma experiência longa de trabalhar e decidir juntos. Há estruturas que ajudam neste processo. Afinal a URB existe há muito tempo como as outras entidades. São sub-conferências que fazem experiência de colaboração. Os confrades já se conhecem. Mas é importante lembrar que esta assembléia e conferência é uma realidade nova que vai além do já conhecido. Construindo a experiência, a conferência vai estabelecer seu estatuto em espírito de colaboração. As antigas regiões vão se tornar conferências.. As experiências que não têm sido suficientes serão transformadas numa nova mentalidade e estrutura. É importante lembrar que é comum e universal a dimensão da conferência na CSSR, mas cada conferência terá suas legítimas diferenças de outras. Em outras palavras, esta conferência será diferente das outras. Há aspectos universais e individuais. A estrutura deve ser suficiente para favorecer o universal e o particular, a estrutura deve ser flexível. Uniformidade não é o objetivo primeiro das conferências. O documento do XXIV Capítulo Geral faz um resumo do propósito das conferências.  São quatro principais propósitos:1. O primeiro propósito se encontra no discernimento missionário que abra novas perspectivas para além da própria unidade. O grande desafio é pregar o evangelho além da Província. O Capítulo refletiu sobre a massa dos povos que vai de um país a outro. Na América Latina a missão vai além das Província e Vice-províncias: Uruguai, Cuba, Suriname. As prioridades apostólicas ultrapassam as Províncias. Cada unidade tem que refletir suas prioridades apostólicas, mas também a conferência. O Governo Geral pede que uma das maiores prioridades seja refletir as prioridades apostólicas da região. 2. O segundo propósito é refletir sobre formação inicial e contínua. Será necessário dar a melhor formação possível a quem esta iniciando o processo formativo. O Capítulo desafia que a formação tenha em vista os desafios da Congregação em nível internacional. Os redentoristas fazem os votos para toda Congregação, o provincialismo fecha as unidades em si mesmas. A formação contínua deve ser ajuda concreta na inter-culturalidade. 3. O terceiro propósito é a solidariedade na partilha dos recursos. Solidariedade de pessoal, em nível de confrades e leigos. Recursos quanto aos meios de comunicação, para que o pessoal especializado esteja disponível para a congregação e não somente para sua unidade. Recursos materiais também devem ser partilhados. É preciso pensar uma ajuda no processo de preparação de ecônomos. Solidariedade de pessoas e de recursos materiais é um dos objetivos da Conferência. Os recursos materiais têm em vista sobretudo a África e Madagascar. O capítulo decidiu que as conferências da África e Madagascar é uma prioridade. Necessitam de ajuda humana e material. Cada conferência, ao pensar a solidariedade, deve pensar em como ajudar África e Madagascar. 4. O quarto propósito é ajudar as unidades mais frágeis. Fragilidade pode significar idades avançadas, poucas vocações, opressão, dificuldade material. Uma questão nova da América Latina é que no Capítulo os delegados da América Latina decidiram continuar com três sub-conferências. Faz sentido, mas também há desafios. No Capítulo disseram que América Latina poderia ter três conferências independentes. Mas os delegados optaram por uma conferência, mantendo as três sub-conferências. O Capítulo aceitou a sugestão dos delegados no Capítulo. Existe o medo de mais burocracia na América Latina e Caribe. Mas pode-se evitá-las, em vista de realidades que ajudem a missão e tendo em vista a missão. No final vai haver tempo para as sub-conferencias refletirem a situação. Importante lembrar que o tema do sexênio não é a reestruturação, mas pregar o evangelho de modo sempre novo. O tema é sobre a renovação de toda a CSSR para pregar o evangelho de modo mais efetivo. Reestruturação é apenas um instrumento para renovar a Congregação. Reestruturação é uma palavra feia em inglês. No mundo contemporâneo tem uma conotação negativa. Reestruturação significa se livrar das pessoas. Isto não é reestruturação para nós. Nosso objetivo é engajamento dos confrades, dos leigos na missão. É muito importante lembrar isto: reestruturação  é engajamento.

 

Em seguida, Pe. Marcelo Pomar abre a palavra para algum esclarecimento necessário. São feitos os questionamentos e comentários:

 

Pergunta: Não haverá duas prioridades? As prioridades das províncias são as mesmas da Conferência?

Pe. Geral: Pode haver tensão entre as prioridades. O Capítulo Geral pediu que cada unidade reveja suas prioridades. E a Conferência deve olhar para as prioridades além das unidades. Quando vier a tensão, será importante discutir a questão. Como alguém disse na Ásia: tensão não é coisa ruim. As cordas do violino devem estar tensas para fazer um bom som.

 

Comentário: Agenda própria ou agenda da conferência, eis uma questão importante. Uma só agenda como Conferência será um trabalho a ser feito. Será necessário trabalhar bastante par ter em mente o processo de integração. Alguns confrades não entendem o que significa ser uma congregação. Outras congregações já fracassaram em certo modo na sua tentativa de buscar maior integração.

 

Após este comentário, Marcelo Pomar retoma a palavra, afirmando que missão, formação e solidariedade são os núcleos fundamentais para os trabalhos da Conferência. Trata, ainda, de um segundo tema: a constituição dos membros da assembléia. Afirma que foi enviada uma carta indicando quem eram os membros da primeira assembléia, mas parece ter  havido um curto circuito nas informações. Das unidades  dos países de língua espanhola só vieram os Superiores. Algumas províncias da URB trouxeram também os delegados. Mas nesta assembléia só votam os Superiores Maiores e os vogais do Capítulo Geral: Luis Carlos (Bogotá), Viveiros (irmãos) e Marcelo Araújo (São Paulo), Pe. Geral e Henrique Lopes. Os outros enriquecerão as discussões, mas não terão direito a voto.

 

Pe. Enrique Lopes, dando continuidade à fala do Pe. Marcelo Pomar, esclarece a questão dos participantes, dizendo que no Capítulo Geral a assembléia da América Latina decidiu criar uma comissão organizadora, formada por dois membros de cada sub-conferência. Pela URB (União dos Redentoristas do Brasil) ficaram responsáveis Vicente e Fábio, pela URSAL (União dos Redentoristas do Sul da América Latina), Pedro e Marcel. URNALC (União dos Redentoristas do Norte da América Latina e Caribe), Arturo e Henrique. Esta assembléia não é organizada pelo Governo geral. É organizada pela comissão organizadora, que se reuniu em outubro de 2010, onde fez pautas e linhas de trabalhos e indicou a lista de participantes da assembléia. Inicialmente a América Latina decidiu durante o Capítulo que a primeira assembléia seria em junho. O Pe. Geral pediu que se fizessem os estatutos para o mês de abril e a América Latina adiantou a assembléia. A comissão tomou a decisão de fazê-la em março. Na reunião de Lima-Peru, os que estiveram presentes forma Luiz Rodrigues e Vicente, da URB. Tomou-se a decisão de quem participaria: os superiores maiores de cada unidade, mais o Pe. Geral e um conselheiro e os vogais no Capítulo: Marcelo (vogal de São Paulo), Luis Carlos Jaime (vogal de Bogotá), Viveiros (vogal dos irmãos). Portanto, só terão direito a voto os superiores e os vogais. Houve uma confusão e delegados vieram da URB. Nesta assembléia isto não estava previsto. Nesta assembléia serão votados os estatutos e se decidirá como serão eleitos os vogais e delegados. Os estatutos determinarão. Estamos no começo do processo, todos opinam, mas somos ainda uma pré-conferência. As estruturas serão flexíveis e os estatutos provisórios. Trata-se de um trabalho em curso. Estamos neste processo. O Governo Geral vai decidir quem será o coordenador, em julho haverá reunião em Roma com os coordenadores.

 

Pe. Marcelo Pomar informa sobre os serviços na Assembléia:

Moderadores da assembléia: Ulysses (São Paulo) e Marcelo Pomar(Buenos Aires).

Secretários: Pe. Paulo Carrara (Rio de Janeiro) e Pe. José Araya (Costa Rica).

Estatutos: Pe. Eric Perez (Caracas) e Pe. Luiz Rodrigues (São Paulo).

As unidades estão determinadas para a oração da manhã e uma pequena oração à tarde.

Liturgia: Pe. Luiz Carlos (São Paulo).

Escrutinadores: Pe. Agenor Martins (Campo Grande e Pe. Juan Ciro Villafuerte (Peru Sul).

 

Às 15h são retomados os trabalhos da assembléia. Pe. Marcelo Pomar anuncia que o Pe. Marcelo Araújo (São Paulo) apresentará uma síntese dos documentos do XXIV Capítulo Geral, que tem três partes: Prefácio aos Documentos: Pe. Michael Brehl, Superior Geral. Mensagem do Capítulo à Congregação e decisões do Capítulo (cf. Documento anexo n. 02). Segue um resumo do esquema apresentado pelo Pe. Marcelo.

Tema: “Anunciar o evangelho de modo sempre novo, renovada esperança, estruturas renovadas para a missão”. Prefácio do Pe. Geral:O sentido da reestruturação não visa só a organização, mas supõe conversão e renovação de nossa vida apostólica. A dimensão da conversão é fundamental. Princípio e fim da reestruturação: a missão. A reestruturação supõe mudança de mentalidade. Trabalhar de maneira profética. Ler os sinais dos tempos, também individualmente e comunitariamente e empreender uma ação nova nas atuais circunstâncias. Atenção aos mais abandonados e pobres, o que supõe uma vida comunitária autêntica. Superar as fronteiras das nossas unidades. Mudar determinados comodismos para assumir uma reestruturação que corresponda às novas exigências da evangelização na América Latina.

As conferências são uma opção estrutural do Capítulo diante dos desafios da realidade. Organizar a Congregação em conferências torna-se uma opção estrutural. Mas é preciso dar passos para além das conferências. Todo nosso trabalho exige um discernimento fundamental e a retomada dos valores fundamentais da Congregação. A conferência existe, mas o desafio é maior do que aquilo que poder abarcar a Conferência.

AS redes: corporificam o princípio de associação de nossas constituições (141-142) para as Conferências. As redes dão corpo ao princípio de associação e vão além da conferência. Participação, comunhão e co-responsabilidade.

A resposta das conferências correspondem a um passo necessário diante dos desafios.

Mensagem do Capítulo: três palavras-chave: esperança, conversão e renovação. Esperança mostra que a Congregação está viva e tem futuro. Ver os desafios significa saúde para a CSSR. A mensagem é de esperança. Estruturada nestes três eixos, a mensagem nos desafia: crises que sentimos na realidade global leva à percepção da relevância da resposta afonsiana de compaixão pelos mais abandonados, especialmente os pobres. Pensar os mais abandonados não como destinatários, porque os pobres nos evangelizam. São parceiros.

Busca de novas formas de solidariedade. Preocupação com o contexto no qual vivem os mais abandonados. Renovação das estruturas como fidelidade à nossa vocação na Igreja.

A conversão é uma chamado fundamental na Congregação, é algo que nos desinstala e nos faz responder aos desafios atuais. Retomar o amor primeiro e ter os olhos voltados para Cristo, dom-primeiro para os pobres e para os redentoristas.

Renovação: exigência da missão, novas estruturas em vista do processo de evangelização.

Perspectivas para a reestruturação:

  1. Nossas estruturas estão a serviço da missão, o que supõe um processo de avaliação e contínuo para repensar estas duas realidades (estruturas e missão).
  2. Reestruturação é uma conversão espiritual, uma mudança centrada na missão. Exige imaginação corajosa e agilidade de estruturas.
  3. Pressuposto fundamental: evangelizar os mais abandonados e pobres é o nosso foco. Trata-se do mais importante objetivo da reestruturação.
  4. Os sete princípios da reestruturação indicam uma continuidade em fidelidade às nossas práticas.
  5. Abertura a novos horizontes: quais as novas realidades que desafiam o nosso agir missionário? Associação: isolados não fazemos nada, mas em comunhão somos mais fortes.
  6. Princípio da solidariedade: pôr-se do lado de quem está em necessidade. Flexibilidade: como as situações mudam, mudam-se as estruturas.

Sete princípios da reestruturação:

1.       A reestruturação é para a missão. A reestruturação só tem sentido à luz das exigências da missão.

2.       Estimular um novo despertar da Vida Apostólica e provocar uma nova disponibilidade para a missão.

3.       Buscar e acompanhar os mais abandonados, especialmente os mais pobres.

4.       Capacidade de otimizar recursos humanos e financeiros.

5.       Associação entre as unidades, buscando um caminho comum a percorrer.

6.       Reflexão teológica enraizada na experiência espiritual e pastoral. Uma nova distribuição de nossos recursos teológicos.

7.       Participação e co-responsabilidade.  

 

Após a apresentação do Pe. Marcelo, são feitas as seguintes intervenções e questionamentos:

 

  1. Reestruturação não nasce da decadência da Congregação, mas de um intento de resposta, de mobilização em vista dos novos desafios. É um movimento do Espírito para a renovação. Reestruturação deve traduzir-se em desafios missionários, e não num sentido protetivo de estruturas prontas.
  2. Pergunta: a reestruturação identifica-se com o aspecto mais positivo da globalização. Em que sentido? Resposta: há diferenças entre as crises dos países. A percepção é que há um reforço de iniciativas particulares por parte dos países. O sentido positivo da globalização: a comunhão entre as pessoas, que se torne parcerias para responder aos desafios atuais.
  3. Um elemento para pensar: que a criação da Conferencia não caia num conferencialismo, que seria uma continuidade mais ampla do provincialismo.

 

 

Após as intervenções, Pe. Enrique Lopes fala do caminho percorrido pelas outras conferências: O processo de reestruturação já está em marcha. O trem já saiu ou está saindo. Sempre existe a possibilidade de um trem partir mais tarde para recolhe alguns passageiros. Já não estamos na fase de discutir se as Conferências têm sentido. O Capítulo tomou decisões que estão sendo implementadas. O medo que existe é o aumento da burocracia, que apareceu nas outras conferências, medo de novos estatutos, tarefas para o coordenador. O princípio e o fim da Congregação é a missão. Toda estrutura visa a missão. Há projetos comuns de colaboração. Houve reuniões em algumas Conferências. Em março de 2011 temos novos governos nas unidades que assumiram funções. Início do novo quatriênio. Ano passado se podia pensar no próximo quatriênio, agora está começado. Nessa linha, o Governo Geral se reunirá para aprovar os Estatutos das Conferencias. América do Norte e Oceania já têm seu estatuto. Europa está terminando. Os Estatutos serão mínimos, para o momento, apenas para funcionar; ao longo do caminho será refeito, em vista do funcionamento das Conferências. O Governo Geral elaborou um documento para orientar os Estatutos. Há um diretório geral básico, igual para todos. É a base de tudo. O Governo Geral vai nomear os coordenadores de cada Conferência. Há umas listas que chegaram ao conhecimento do Governo. Em junho haverá a reunião do Conselho Geral com os novos coordenadores. Estamos no início do processo que está em curso. Nova etapa do processo de reestruturação que levará à terceira etapa: a coordenação das Conferências.

A Conferência da Europa já se reuniu três vezes. Naturalmente as reuniões na Europa duram dois ou três dias. As distâncias são menores. Organizaram pequenas comissões que preparam documentos para a Conferência, sobre votação e participação de vogais. Aprovaram os Estatutos e nomearam a terna para a coordenação da Conferência.

América do Norte reuniu-se duas vezes. Havia a tradição de reunir-se duas vezes por ano para falar da formação. Reuniram-se duas vezes no ano passado, em setembro de 2011 se reunirão novamente. Organizaram comissões para preparar documentos para assim poderem votar e criar os Estatutos. Decidiram assumir as comunidades de Províncias externas que não pertencem à Conferência. Deram representação a estas comunidades. Cada província será representada pelo Conselho ordinário mais um vogal: quatro pessoas representarão as províncias. As comunidades externas terão um representante: o superior local. Também estabeleceram seus estatutos para a aprovação do governo geral. Não definiram prioridades pastorais, estão dialogando sobre tais prioridades.

A Conferência da África se reuniu uma vez. Há muitos temas. Questão das prioridades pastorais. Elaboraram um documento sobre a missão redentorista na África. Não é a decisão final, mas um documento para estudo nas unidades. Espera-se que este ano cheguem a definir suas prioridades pastorais. Outro tema foi a formação, que necessita ser comum. Não houve grande novidade neste campo. Outro tema foi a consideração de África e Madagascar como prioridade da Congregação. Precisam contar com apoio financeiro e de pessoal. Encaminharão um documento às outras Conferências pedindo ajuda para os desafios. Há uma terna proposta para a coordenação da Conferência. A questão é mais estruturar do que reestruturar, mas ainda não há uma organização sólida.

Ásia teve uma só reunião, em setembro de 2010. Ficaram reunidos 10 dias, porque as distâncias são grandes e também os custos. Optaram por reuniões mais espaças e mais duradouras. Seus estatutos foram apresentados e estão aprovados. Apresentaram uma terna. Têm suas prioridades pastorais. Não tomaram decisões sobre as prioridades, mas fizeram um documento sobre a missão da Congregação na Oceania. Em 2012 farão um documento de prioridades pastorais. Não as incluíram nos Estatutos, mas farão um apêndice aos Estatutos. Havia cinco tarefas para todos:1. Preparar os Estatutos; 2. Apresentação da terna (três nomes) para a coordenação da Conferência; 3. Prioridades pastorais (a quem somos enviados, conteúdos e métodos); 4. Definir secretariados e comissões (formação, justiça e paz, irmãos, pastoral juvenil, leigos associados, reflexão teológica, por exemplo); 5. Formação e ajuda com recursos materiais e pessoais a outras conferências (cursos de preparação para votos perpétuos; colaboração inter-provinciais (noviciado), ajuda econômica). A América Latina quer uma Conferência em três sub-conferências. É positivo, mas o Brasil não é o único país da América Latina (URB), tem que entrar em contato com os outros países latino-americanos em vista de um enriquecimento mútuo.

 

Após a fala do Pe. Enrique Lopes, são feitas as perguntas seguintes:

Houve dificuldades na criação das conferências?

Enrique: ficaram em dúvida se um provincial ativo poderia ser eleito coordenador da conferência. Uns preferem que não. Outros disseram que se um provincial for eleito, que deixe de ser provincial.

Como percebem a assimilação do processo de reestruturação?

Enrique: O que sabemos é que há confrades que não acreditam que a reestruturação levará a uma nova evangelização. Querem ver se vão funcionar. Outros estão entusiasmados: Oceania e África. Na Europa foi revitalizador fazer uma só Conferência. Na Europa ficaram com o italiano e o inglês como línguas da Conferência. Alguns queriam que a Casa Geral tivesse um representante na Conferência. O Pe. Geral foi preciso: a casa tem um característica específica, não pertence a nenhuma Conferência, cada um pertence a sua Conferência.

Pe. Geral: Gery O’Connor é um redentorista irlandês que pediu para estar presente nas reuniões das conferências, para apresentar um projeto de fundo para a África e Madagascar.

Não há prioridades nas Conferências. Parece que seria a missão. Mas como organizar a Conferência em função da missão?

Enrique: parece que há prioridades claras. Há explicitações, o que não há é uma visão comum do que necessita ser trabalhado. Isto será definido em reuniões posteriores. Há um medo da burocracia. No início haverá muita burocracia, para criar pensar a organização da Conferência. Com o tempo a estrutura ficará mais leve.

Aprovando os Estatutos as unidades terão que adequar seus Estatutos.

Enrique: Claro, esta será uma burocracia. A intenção é adequar os Estatutos Provinciais. Será necessário criar, por exemplo, uma Ratio da Conferência, outra da sub-conferência. Mas há coisas que não precisam estar nos Estatutos. O processo de adequação vai ser necessário. Há muito trabalho pela frente, que irá além do quatriênio. Estamos na fase de organizar as estruturas.

Marcelo: Vai ser preciso definir a metodologia do processo que nos ajude a marcar um caminho. O itinerário metodológico será muito importante. Trabalhamos muito, nem sempre de maneira organizada. A Conferência deverá pensar numa metodologia para fazer todo este trabalho.

Enrique: Marcelo tem razão. Será necessária uma metodologia em vista da criação de projetos muito concretos.

Pe. Geral: Todas as estruturas são ad experimentum, não serão inicialmente definitivas. Trabalhando juntos e com novas iniciativas teremos sucessos e fracassos. A metodologia inclui o momento de avaliação, de reflexão e de correção. Quanto ao entusiasmo, nos lugares onde havia mais entusiasmo foi na África e Oceania. Pareceu-me interessante, porque falava-se de perda de confrades, mas o maior entusiasmo está nas unidades que estão crescendo. Ásia-Oceania e África-Madagascar são as unidades mais jovens. A reestruturação oferece ótimas oportunidades para a missão. Por isto o que me chamou a atenção é que havia menos entusiasmo na América e Europa, por medo do que poderiam perder. O que temos de aprender das conferências mais jovens é o entusiasmo. Na América Latina está buscando o meio. Não tão velhas com Estados Unidos nem tão jovens como Ásia-Oceania e África-Madagascar.