Arábia Saudita: tatuagem de Cristo leva à prisão

No dia 7 de outubro/11, a polícia religiosa da Arábia Saudita prendeu um jogador de futebol colombiano em um centro comercial por exibir uma tatuagem de Cristo no ombro. Juan Pablo Pino, de 24 anos de idade e jogador do clube Al Nasr, vestia uma camiseta sem mangas enquanto passeava com sua jovem esposa grávida em um centro comercial da cidade de Riad, capital do país. A tatuagem do rosto de Jesus gerou insultos de vários muçulmanos, atraindo a atenção da chamada "Polícia para a promoção da virtude e prevenção do vício" que deteve o

casal. Os agentes levaram o casal a um carro e esperaram a chegada de diretores do clube Al Nasr, aos quais o jogador e sua esposa lhes foram entregues. Em seguida o clube divulgou umas declarações atribuídas ao jogador de futebol nas quais ele expressa sua "profunda tristeza" pelo ocorrido e onde teria assegurado que ele respeita as leis do país. Do mesmo modo o texto indica que o jogador teria comprado vestimenta muçulmana para que sua esposa

"saia de maneira mais respeitosa".

Em setembro/11, Gustavo Costas, que dirigira o clube peruano Alianza Lima, contou detalhes de sua nova vida: “Se eu fizer o sinal da cruz me matam. Em Lima, quando dirigia o Alianza, eu fazia o sinal da Cruz antes de cada partida e levava sempre meu terço no pescoço”. Em 2010 ocorreu um caso similar ao de Pino quando o jogador romeno Mirel Radoi, do clube Al Hilal, depois de marcar um gol, beijou a tatuagem de uma cruz que levava no braço. O fato provocou descontentamento dos muçulmanos que são a grande maioria no país, onde qualquer outra religião distinta ao Islã está proibida e onde se encontra Meca, principal destino de peregrinação dos islâmicos.

Pe. Geraldo Rodrigues

Boletim “vivências” 473