Por que a Globo mantém o Programa no ar, apesar da queda de audiência?
Infelizmente, mesmo com público reduzido, o número de ligações para os ridículos “paredões” ainda rende muito dinheiro. Além disso, ainda há empresas insensíveis e desrespeitosas para com o povo brasileiro, que continuam patrocinando esse tipo de programação.
Como fazer para tirar esse tipo de programa do ar?
Uma medida judicial seria considerada pelas elites como censura. As mesmas elites não acusam de censura o veto das emissoras privadas ao Fórum Social Mundial, por exemplo.
O caminho é a pressão popular:
- Não assista!
- Fale com seus amigos para não assistir!
- Não telefone e convença seus amigos que, num sistema ruim como o do Brasil, ao congestionar uma rede telefônica (muitas ligações ao mesmo tempo), eles podem até impedir que uma pessoa necessitada receba socorro medico.
- Boicote os produtos dos patrocinadores do programa, pelo menos neste período (Guaraná Antártica, OMO, Fiat, Cerveja Devassa, Niely).
- Escreva para empresas as patrocinadoras alertando para o risco de grandes campanhas de boicote (hoje todo mundo teme a internet). A Avon já teve que declarar que não patrocina o Big Brother, mas que apenas veicula propagandas no horário. Hipocrisia! Pressione a Avon também!
Um estupro ou muitos estupros?
Na edição de 2012 teve repercussão o possível caso de estupro, com o aval do apresentador Pedro Bial (diante das cenas, teria inicialmente dito que “o amor é lindo”). A omissão da Rede Globo é anterior ao fato, não só por manter o programa no ar, mas por manter o próprio apresentador, já denunciado por violência doméstica cometida contra sua própria companheira. Espera-se que um dia a televisão brasileira deixe de dar espaço para esse tipo de “profissional”.
Uma mulher vítima de estupro, o incentivo para que outros homens cometam a mesma violência, desrespeito à mulher e à sociedade como um todo. O problema de fundo: melhor do que estimular pessoas disputarem um ou dois milhões de reais, fazendo uso de todas as formas de violência, não seria melhor estimular a solidariedade e a partilha?
O caminho talvez esteja mesmo no boicote a qualquer tipo de programa de baixaria e na valorização da programação das TVs públicas.
Pense nisso. E aja!