No dia 5 de janeiro 2012, quando o pároco John Jauro dirigia uma oração, dois homens armados abriram fogo numa igreja da cidade de Gome, no nordeste da Nigéria, matando seis cristãos e ferindo outros dez. No dia anterior, três ataques à bomba atingiram cidades do nordeste nigeriano, região onde foi decretado o estado de emergência. Os radicais islâmicos do grupo Boko Haram, que reivindicaram os atentados, haviam dirigido um ultimato aos cristãos para que abandonassem o Norte da Nigéria, majoritariamente muçulmano. “Para este grupo radical islâmico, é suficiente matar, destruir e criar divisões entre cristãos e muçulmanos, é este o seu objetivo”, observou Dom Ignatius Ayau Kaigama, arcebispo de Jos, que lamentou: “Existe um grande medo porque a vida não é mais normal. Não podemos mais nos reunir para rezar, nem de dia nem de noite, e isso é uma barreira para nós e para o Evangelho. É como se estivéssemos numa prisão e é muito doloroso”.
Pe. Geraldo Rodrigues
"Aparecida das Águas", 304