Hoje, dia 18 de dezembro de 2011, o Papa Bento XVI visita o complexo penitenciário de Rebibbia, que fica na periferia norte de Roma. Estima-se que a população carcerária da região do Lácio, da qual Roma é a capital, seja de 6.500 presos. Destes, 70 são brasileiros. O tráfico de droga é o crime mais comum entre os brasileiros presos em Roma. Os fatos se
repetem: falta de dinheiro, contas a pagar, promessa de uns trocados a mais... Assim, milhares de pessoas decidem arriscar a própria vida saindo do Brasil contrabandeando droga. Um mês atrás foi divulgado um caso: Um carioca de 33 anos, em troca de dois mil euros, aceitou ingerir 80 cápsulas de cocaína, mais ou menos 1 quilo da droga. Através de um amigo, ele contatou um traficante num morro no Rio de Janeiro. Foi levado a São Paulo, onde embarcou rumo à Itália, na companhia de outra jovem brasileira, também ela transportando droga. Passaram pela alfândega no aeroporto Leonardo da Vinci, mas foram presos horas depois já num hotel de Roma. Hoje, em presídio de Roma, aguardam julgamento. Pelo crime, são previstos até seis anos de prisão. Nos últimos trinta dias, mais três brasileiros foram presos pelo mesmo crime.
O Papa na penitenciária
“A visita do Papa à penitenciária romana de Rebibbia servirá também para chamar a atenção de autoridades e sociedade quanto aos problemas das instituições carcerárias da
Itália e de todo o mundo”, comentou P. Píer Sandro Spriano, capelão da instituição. “Eles estão felizes e contentes”, completou Irmã Rita Del Grosso, que há 8 anos trabalha na penitenciária de Rebibbia. Irmã Rita se explica: “Para mim, ser voluntária numa penitenciária exige um olhar sensível às necessidades dos outros e é preciso se desprender do próprio tempo. Para mim, consagrada, significa ser uma presença de consolação. É chorar com quem chora e alegrar-se com que se alegra”. Perguntada por que escolher este tipo de voluntariado, ela justifica que este trabalho é impulsionado pelo desejo de doar e dividir o bem que se tem e se recebeu: “O voluntário ou a voluntária, com seu estilo de vida, com o seu modo de se relacionar com estas pessoas, com a capacidade de ver em
primeiro lugar a pessoa e não o preconceito, contribui para o crescimento de uma cultura deacolhimento ao diferente”. No Brasil temos a pastoral carcerária. Também assim, o Natal acontece!
Pe. Geraldo Rodrigues
Aparecida das Águas, 278