Religiosa seria obrigada a deixar a Índia mas permanecerá!

 

Pe. Geraldo Rodrigues

Boletim "Vivências" 395

 

 

Tinha sido divulgado que Irmã Jacqueline Jean McEwan, a chamada “Madre Teresa” de Bangalore, teria que deixar dentro de um mês

a Índia e os leprosos que ela cuida há 29 anos. O governo não renovara o visto da missionária inglesa e não dera qualquer explicação. “Estou saindo com o coração apertado. Não se trata apenas de uma minha perda, mas uma perda para os milhares de enfermos afetados pela hanseníase”, disse a irmã. Irmã Jean, 63 anos, é missionária da Congregação de São Luís de Montfort, que trabalha na Sociedade Sumanahalli do P. Jorge Kannanthanam. P. Jorge comentou: “Sinto que o coração da Irmã foi arrancado. Sem ela, eu duvido que a organização será a mesma”. A irmã Jean deveria ter deixado Bangalore já no dia 25 de julho/11, mas tinha-lhe sido concedida prorrogação de um mês. P. Jorge comentou: “Estou muito triste e não sei o que fazer. Irmã Jean foi a verdadeira força para os

hansenianos nas favelas de Seshadripuram, Indirapuram e em outros lugares. Ela assistia os enfermos nas favelas com profissionalismo, ternura, compaixão e preocupação legendárias. Além disso, Irmã Jean dedicou-se a programas educativos para os pacientes e seus filhos. Graças a ela, muitos deles, em geral rejeitados por suas famílias e pela sociedade, receberam formação e esperança. Ela tinha aprendido o “kannada” (dialeto local), a fim de se comunicar melhor com seus pacientes. Em nível mundial, 70%

dos casos de hanseníase se encontram na Índia e se no mundo em geral tem diminuído o número de pacientes, na Índia ainda há 2,5 milhões de enfermos”. Por fim, a “Madre Teresa” de Bangalore poderá permanecer na Índia trabalhando com seus leprosos: o

ministro do Interior indiano Chidambaran renovou agora o visto da Irmã por tempo indeterminado. Recebendo a notícia, a religiosa exultou de alegria por poder ficar com seus hansenianos, que ela cuida há 29 anos. O Conselho Global de Cristãos Indianos agradeceu ao governo por ter respondido aos pedidos da minoria cristã e dos hansenianos do Sumnahalli Society, associação onde a religiosa trabalha.